Yrma Lydya, a jovem cantora mexicana assassina a tiros pelo marido, tinha 21 anos e uma carreira promissora. Ela trabalhava em seu quarto álbum quando foi morta em um restaurante na Cidade do México na quinta-feira (23).
Segundo a investigação, Yrma Lydya e o marido, o advogado Jesús Hernández Alcocer, de 79 anos, discutiam pouco antes do crime. Ela ainda deixou um bilhete enigmático, com círculos e outras figuras, em uma toalha de papel da mesa: "problemas de sangue, defeito, diabetes, desonesto, começar todo dia, o começo".
O primeiro álbum de Yrma Lydya chama-se "God's Gift" (2015). Dois anos depois, em 2017, ela lançou "Talking", quando começou a se apresentar na televisão e em shows. Em 2019 ela estreou o álbum "Eternamente".
A cantora foi introduzida no mundo artístico pelos seus pais, que a matricularam no balé quando tinha dois anos.
"Desde criança me preparei no Bel Canto, mas nesse caminho encontrei as partituras de José Alfredo Jiménez, de María Grever, de todos aqueles compositores que deram brilho à música mexicana", disse ela em entrevista compartilhada em uma de suas redes sociais.
Yrma Lydya foi agraciada com o Prêmio Nacional de Cultura, dado pelo Senado, e com o Doutor Honoris Causa por suas contribuições à cultura, concedido pela Câmara dos Deputados.
Tiros e bilhete
O crime aconteceu no restaurante Suntory Del Valle, na zona sul da Cidade do México. O homem foi preso por policiais junto com outra mulher.
"Um homem atirou três vezes em sua esposa, ele já está detido junto com outra mulher que o acompanhava", disse Omar García Harfuch, secretário de Segurança da Cidade do México.
Pouco antes de ser assassinada, Yrma Lydya escreveu algumas palavras aleatórias em uma toalha de papel da mesa: "problemas de sangue, defeito, diabetes, desonesto, começar todo dia, o começo". Ela também desenhou uma série de círculos e figuras.
Alcocer tentou subornar a polícia para deixá-lo escapar na companhia de um de seus seguranças, que também foi preso.